Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.
Naquele tempo, Jesus seguia à frente dos seus discípulos, subindo para Jerusalém. Quando Se aproximou de Betfagé e de Betânia, perto do Monte das Oliveiras, enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente e, ao entrardes nela, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. Se alguém perguntar porque o soltais, respondereis: ‘O Senhor precisa dele’». Os enviados partiram e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. Quando estavam a soltar o jumentinho, os donos perguntaram: «Porque soltais o jumentinho?» Eles responderam: «O Senhor precisa dele». Então levaram-no a Jesus e, lançando as capas sobre o jumentinho, fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o povo estendia as suas capas no caminho. Estando já próximo da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus em alta voz por todos os milagres que tinham visto, dizendo: «Bendito o Rei que vem em nome do Senhor. Paz no Céu e glória nas alturas!». Alguns fariseus disseram a Jesus, do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus discípulos». Mas Jesus respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as pedras». Lc 19, 28-40
Manhã, clara manhã de sol rompendo as brumas, como um barco vermelho a singrar entre espumas... Campo de Luta. O sol é um gladiador selvagem e tinge com seu sangue a sombra da paisagem... ...Jesus, depois de orar a noite inteira, envolto em manto singelo, o cabelo revolto, a barba em desalinho, as sandálias manchadas pelo vermelho pó das longas caminhadas, ensinava no templo apresentando ao povo a larga nitidez de um horizonte novo... A estrada do porvir, imensa, inatingida, a nova Canaã, a Terra Prometida, que Moisés procurou no meio do deserto, parecia tão longe e estava ali tão perto! Ele era a porta aberta, o ensinamento, o exemplo... Nisto um bando sinistro avança pelo Templo, escribas, fariseus, num cínico mister: - Prendamos a Jesus, matemos a mulher! ... Em meio ao burburinho uma jovem bonita, pálida, maltratada, atirada e maldita pela lei de Moisés, esperava a sentença, "o prémio do pecado", a negra recompensa de um ilícito amor. Envergonhada e muda, aguardava o suplício, a pedra pontiaguda que em seu corpo moreno, em ferida medonha selaria a desgraça, o martírio, a vergonha... Depois, a treva imensa e um corpo ensangüentado expostos para exemplo: "o prêmio do pecado". Fora presa em seu leito imundo e deletério no instante em que a paixão se fizera adultério. No intenso vozerio, uma voz se levanta: - Jesus de Nazaré, que dizes desta santa?! Merece a maldição que nossa lei ensina, ou merece o perdão que é da tua doutrina?... Jesus indiferente, alheio à multidão, abaixa-se a escrever com o dedo no chão. Depois, ergue-se altivo, os olhos vivos, a alma profundamente clara, imensamente calma, e destrói a pergunta em um único brado: - Lance a primeira pedra o que não tem pecado! Abaixa-se de novo o Pai dos Evangelhos e o povo se dispersa, a partir dos mais velhos. Só Jesus e a mulher. O perdão e o pecado, a negra escuridão e o dia iluminado... A humilde pecadora aguarda comovida o fim que lhe daria o que lhe dera a vida... - Ninguém te condenou? - pergunta o Nazareno. - Ninguém, Senhor, ninguém. - Pois nem eu te condeno. E, erguendo meigamente os olhos paternais, falou: - Podes partir. Mulher, não peques mais! (Gióia Júnior)
A minha amiga Helô enviou-me estas lindas imagens por e-mail e eu não poderia deixar de as colocar aqui. Enviou-me mais algumas, mas devido ao seu teor prefiro colocá-las depois da Páscoa. Obrigada, Helô
Hoje é o dia de S. José. Também é o Dia do Pai, em Portugal. Não poderia deixar de fazer uma pequena homenagem ao Pai de Jesus e por isso deixo estas imagens. S. José, Pai amantíssimo de Jesus, rogai por nós.
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus. Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer. O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida. Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem. Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz: Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados. Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou». Jo 5, 17-30
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’». Lc 15, 1-3.11-32
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano». Lc 13, 1-9