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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A propósito da resignação



Quando ouvi a notícia da resignação do Papa, pelas 11 horas da manhã, na RR, fiquei com muita pena de Bento XVI. Pena por ele se sentir fraco, desapoiado, só. Tanto que resolveu resignar para que outro, no seu entender melhor do que ele, tome o seu lugar.
Isto mostra toda a dimensão da solidão de ser Papa, rodeado de gente mas sabendo que está só.
No tempo de João Paulo II eu achava que ele devia resignar, quando estava tão velho e doente, principalmente doente, e ainda cumpria as funções do papado, aparecendo em público tão frágil que me parecia que era uma tortura que ele sofria.
Mesmo assim não renunciou, aguentou até ao fim. Mas o Papa não é uma instituição, é uma pessoa. Um ser-humano como eu e vocês, que sente frio e fome e sede, que tem direito a gozar a velhice descansado, sem andar em viagens cansativas de um país para o outro, que tem o direito a que o deixem ser velho.




Dizem que João Paulo II queria resignar mas foi pressionado para não o fazer.
Bento XVI resignou mas sem consultar ninguém a não ser o Espírito Santo, guardou segredo até ao dia em que o anunciou.
Dois grandes homens, duas atitudes diferentes, dois grandes santos.  

Há pessoas que dizem que este Papa "não lhes dizia nada", que "o outro é que era", mas é preciso não esquecer que o Papa é o sucessor de Pedro, não de João Paulo II.
Eu gostava de João Paulo II, foi o Papa da minha juventude, mas quando vi pela primeira vez Bento XVI na televisão, com aqueles olhos tímidos e inteligentes, o sorriso lindo, gostei logo dele, aceitei-o como Papa imediatamente.


A obrigação dos católicos é rezar pelo seu líder, o Papa. O Papa é um homem, não é Deus. Até Jesus pediu ao Pai que afastasse d'Ele aquele cálice. O Pai não o fez, mas enviou um anjo a confortá-Lo.

Rezemos por Bento XVI, para que viva a velhice em paz e sossego. Que ele reze também por nós, pois a oração do Papa, ungido do Senhor, vale muito perante Deus e o mundo bem precisa de orações.




3 comentários:

Ailime disse...

Olá Felipa, uma reflexão serena e inteligente sobre a resignação do Papa Bento XVI! Depois de todos os comentários que ouvi e li terá sido da parte dele um acto de extrema humildade resignar. Rezemos por ele e como ele pediu pelo seu sucessor. Um beijinho e boa semana. Ailime

Alfa & Ômega disse...

Parabéns, Felipa, muito lindo o texto, conciso e do fundo do seu coração! Penso assim também, como você. Fique com Deus! Beijos!

Edilene disse...

Penso assim como você, Felipa! Não sou católica, mas tenho profundo respeito pelo catolicismo, não entendo de Papados e história e pel pouco que li sobre o assunto tbm vejo o como você! Um grande abraço, amiga!

To na luta ainda! Bjs